sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Como Celebrar um Esbbath


OBS: Existem várias outras maneiras de celebrar um Esbbath, mas como já havia dito no artigo "Como Celebrar um Sabbath", esta é somente uma das formas. Para aqueles que gostam de cerimônias mais elaboradas, há fontes confiáveis que possuem rituais mais elaborados. Ou você mesmo pode criar o seu.

Se você observou o florescer da Natureza à sua volta para celebrar a mudança dos ciclos sazonais, já reuniu vários elemntos que poderão ser utilizadps em seu ritual de Esbbath.
Como já foi dito, os Esbbaths são uma reafirmação das mudanças da Roda do Ano e de tudo o que ela te, a nos oferecer para o entendimento da Brxaria. Inclua as cores e aromas já identificados por você no seu Sabbath. Na hora de compor um ritual de Esbbath use também as informações fornecidas por casa lunação. Talvez você queira incluir um lançamento de Círculo, para realizar sua cerimônia num espaço sagrado.
É comum realizarmos os ritos de plenílunio para celebrar uma face da Deusa. Por isso, escolha aquela com a qual você mais se identifica neste momento e componha uma poesia, cântico ou dança em homenagem à Ela.
Medite sobre o tema do Esbbath que você está realizando e encontre respostas as suas indagações. Peça paz, luz, amor, cura, união ... ou o que desejar (não prejudicando ninguém e nem a si mesmo!). Consagre algum objeto, com óleo aromático de sua preferência, pedindo bençãos aos Deuses, e use-o diariamente para protegê-lo e ajudá-lo a alcançae seus sonhos. Estes são somente alguns exemplos, você pode realizar qualquer tipo de ato mágico nas celebrações de Esbbath, mas não esqueça de sempre relacionar os seus pedidos com as fases da Lua. Por exemplo, você nunca poderia fazer um feitiço de realização de sonhos num Esbbath onde veneramos a Face ãncia da Deusa (Minguante); o feitiço com certeza minguaria até sumir, e não se realizar. Você poderia fazê-lo em um Esbbath de Lua Cheia (Face Mãe da Deusa), momento de poder; ou num Esbbath de Lua Crescente (Face Donzela da Deusa), para ele crescer.
Comtemple a Lua, sinta sua energia e guarde em seu interior o poder gerado por Ela. Esta força será como um combustível, que o ajudará a chegar até a próxima lunação em harmonia e plenitude total. Cante para a Lua, eleve os braços para e deixe que sua magia promova o seu encontro com a Grande Mãe.



Fonte: Retirado e Adaptado do livro "Wicca para Bruxos Solitários" de Claudiney Prietto.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Os Esbbaths


OBS: Os Esbbaths são celebrados no 1º ou 3º dia de Lua Cheia do mês, quando ela está em seu plenílunio, seu ponto mais alto, onde ela emite mais luz. São 4 lunações por mês, tendo elas 1 semana de duração cada uma delas. Você também pode celebrar todas as lunações, se quiser.

Além da celebração dos Sabbaths, nós Bruxas (os) reverenciam outras importantes renovações que ocorrem na Natureza, como a mudanças das fases da lunares. A fase mais importante é a Cheia, momento em que a Lua se encontra em seu poder máximo, no seu ápice de sua força. A Lua Cheia reprsenta a Deusa em sua face Mãe, o seu aspécto primordial.
Os rituais da Lua Cheia são chamados de Esbbaths, um termo que passou a ser popularmente usado a partir do início do século XX. A palavra Esbbath, vem do francês arcaico Esbbatre, que significa "divertir-se". Nesses rituais as Bruxas (os) se reúnem seus Covens, ou realizam cerimênias solitárias, em que prestam seu culto devocional à Deusa e ao Deus para praticar Magia, confeccionar um talismã, consagrar objetos e utensílios mágicos ou simplesmente cultuar seus antigos Deuses. Os Esbbaths são momentos em que as Bruxas (os) não só realizam suas celebrações em honra à Deusa, mas também compartilham notícias, opiniões e informações sobre suas diferentes experiências e práticas na Arte. Cânticos e danças são parte integrante dos Esbbaths.
Treze lunações são celebradas no decorrer de um ano. Isso acontece porque as Bruxas (os) seguem os antigos calnedários lunares dos povos celtas, baseados em 13 meses e 28 dias. Entre os povos antigos, quando praticar Bruxaria era passível de execução, o ritual de Esbbath era realizado na calada da noite, no interior de um bosque ou floresta, longe dos olhos curiosos e onde poucos se atreviam a entrar.
Durante o Esbbath honra-se os Deuses e presta-se agredecimentos por bençãos e sua presença em nossas vidas. Neste período, também são lançados feitiços de acordo com as influências lunares em voga ou o momento do ano em que nos encontramos. Se houver necessidade, também é possível realizar práticas divinatórias e cerimônias de cura. Um ritual de Lua Cheia pode consistir simplesmente em sentir o flui das energias ou ddicar-se à meditação. Mas é claro, quando você faz coisas mais elaboradas, senti a enrgia de outra maneira ... de uma forma que você não vai querer simplesmente fazer isto. Mas não é menos válido.
Uma prática comum realizada durante as cerimônias de Esbbath é o ato de Puxar a Lua para Baixo, atraindo o poder lunar e da Deusa para você. Isto pode ser realizado em um Coven ou até solitariamente. Quando se puxa a Lua, os poderes mágicos lunares são convocados para que penetremos em nós e iluminem nossa alma. Esra energia pode ser usada posteriormente para a realização de um feitiço, consagração ou para ser transmitida a alguém que precisa ser curado.
Em um Esbbath realizado num Coven, ritual de Puxar a Lua para Baixo é uma das experiências mais bonitas e transformadoras. Nela, o Sacerdote invoca o espírito da Deusa para tornar uno com a Sacerdotisa, que declama a "Carga da Deusa" (um texto escrito na década de 1950, por Doreen Valiente, uma das mães da Bruxaria Moderna. Ele representa as bençãos e orientações da Deusa às Bruxas (os). Hoje, várias versões diferentes do texto - escritas por Bruxos Modernos - também são usadas no ritual de Puxar a Lua para Baixo) ou palavras inspiradas no seu poder divino sobre a Terra. Entre os praticantes solitários, o ato de Puxar a Lua para Baixo pode ser feito simplesmente visualizando a energia e a luz da Lua iluminando o nosso ser. Mas como eu já havia dito lá em cima, há pessoas que gostam de cerimônias mais elaboradas.
Hoje, com o crescente interesse despertado pelas práticas Pagãs, pessoas de todas as idades e condições têm se encontrado nas noites de Lua Cheia para reverenciar a Deusa e a vida. Tal como os Sabbaths, celebrar os Esbbaths nos coloca em harmonia com toda a natureza, pois se as mudanças das fases lunares exercem influência sobre as marés e o plantio das sementes, seguramente influenciam nossas emoções e os acontecimentos diários.
Cada uma das lunações recebe um nome específico, que reflete o momento da Roda do Ano em que ela se encontra, expressando um doa muitos temas da vida humana. Estes nomes podem variar de acordo com a Bruxa (o) ou dependendo da Tradição. Os termos que seguem são os mais comuns, largamente utilizados pela comunidade Pagã:


Janeiro
Lua do Feno


É o momento de se contemplar a Natureza em sua plena maturidade. As sementes germinaram; chegou a hora de pensar no que será guarado para o Inverno e de relembrar os grãos (sonhos) que foram plantados em setembro, durante a Lua do Arado. É o momento em que devemos nos preparar para a materialização dos frutos de nossas ações.
Erva: madressilva.
Cor: branco, marrom, prata e cinza.
Momento idela para: preparar-se para o sucesso, meditar sobre os objetivos e planejar o futuro.


Fevereiro
Lua do Milho


Esta lunação marca o período da primeira colheita e a retribuição dos benefícios de nossas ações. Momento de nutrir-se interna e externamente, abrindo caminho para a realização dos sonhos.
Erva: louro.
Cor: laranja, ouro e amarelo.
Momento ideal para: encontrar alguém, fortalecer as amizades e lutar pelos nossos sonhos.


Março
Lua da Colheita


Esta lunação marca o período da segunda colheita. É tempo de agradecer pela fartura e abundânia e meditar sobre o equilíbrio da vida. É o momento certo para organizar a vida espiritual e a emocional.
Erva: hortelã.
Cor: marrom e amarelo.
Momento ideal para: meditar, agradecer pelas conquistas, organizar e fortelecer os diferentes aspéctos da vida.


Abril
Lua do Sangue


Esta lunação marcava o período sazonal da caça e do estoque de comida para o Inverno. Nesse momento, celebrava-se os ancestrais e meditava-se sobre o tema morte e renascimento, já que o Sabbath Sawhain estava próximo. Hora de deixar de lado os hábitos novivos e de se desfazer das coisas que não servem mais, internas ou externas.
Erva: cipreste.
Cor: laranja, preto e roxo.
Momento ideal para: livrar-se de vícios, purificar-se e buscar harmonia.


Maio
Lua Escura


Tempo de transformação e preparo para a chegada do Inverno. É o melhor momento para fazer a paz consigo mesmo e com aqueles que nos rodeiam.
Erva: cedro.
Cor: preto, cinza e verde-escuro.
Momento ideal para: buscar o entendimento, fortalecer a comunicação com os Deuses, encontrar a paz.


Junho
Lua do Carvalho


Lunação do renascimento espiritual. Após o solsctício de Inverno - que ocorre neste mês marcando a noite mais longa do ano -, os dias aumentarão gradativamente, até se tronarem novamente mais comrpidos que as noites. Exatamente por esse motivo, não há melhor momento para nos harmonizar, levando-nos ao encontro de nossa alma. A luz solar cresce e sua energia ilumina nossas vidas, indicando os caminhos a serem percorridos.
Erva: azevinho.
Cor: vermelho, branco e verde.
Momento ideal para: buscar o renascimento, auxiliar amigos e familiares, pedir orientação aos Deuses.


Julho
Lua do Lobo


É hora de trabalhar os sentimentos interiores. O período de reclusão vivido nas noites frias e longas do Inverno está passando e chegou o momento de despertarmos, preparando-nos para o florescer da Primavera.
Erva: bétula.
Cor: branco e violeta.
Momento ideal para: engravidar, conceber, proteger, estudar projetos que se deseja ver realizados.


Agosto
Lua da Tempestade


Lunação associada ao Sabbath Imbolc, própria para purificação e limpeza. É o momento de se descartar aquilo que não nos serve mais. O Sol começa a dar seus primeiros sinais de força eluz e as trevas são dissipadas.
Erva: sorveira.
Cor: vermelho, verde, laranja e azul-celeste.
Momento ideal para: canalizar a energia necessária para a realização dos desejos, purificar, curar, cuidar do lar e da família.


Setembro
Lua do Arado


É a lunação que marca o momento de arar e semear. A terra despertou do seu sono profundo e agora é hora de ter esperança e deixar os ventos da tranformação trazerem nova energia para sua vida.
Erva: amieiro.
Cor: azul, amarelo e branco.
Momento ideal para: crescer, prosperar, acreditar, recomeçar algo que foi deixado de lado no passado.


Outubro
Lua dos Grãos


A Terra se enche de luz e o que foi plantado começa lentamente a germinar. A união da Deusa e do Deus traz a energia fertilizadora necessária para que a futura colheita seja farta e abundante.
Erva: pinheiro.
Cor: verde e vermelho.
Momento ideal para: produzir ou desenvolver algo, aproveitar as oportunidades e a sorte, aprimorar o temperamento.


Novembro
Lua da Lebre


É hora de celebrar o amor e a vida. Esta lunação indica o período que se segue união da Deusa e do Deus. O poder da Terra está pronto para ser utilizado. É hora de abraçar as diversas partes de nossa personnlidade e reconhecer que todas constituem nossa natureza e precisam ser equilibradas.
Erva: rosas.
Cor: rosa, verde e vermelho.
Momento idela para: usar nossa energia criativa, buscar o amor sonhado e verdadeiro, fortalecer nossa ligação com a Natureza.


Dezembro
Lua do Azevinho


Esta lunação indica que chegou o momento de honrar a Deusa e agradecer pelo aprendizado conquistado no decorrer do ano. O Verão se incia trazendo o poder do Deus Solar à Terra. O velho morrerá para dar espaço ao novo e por isso agora somos capazes de nos fortalecer.
Erva: carvalho.
Cor: azul-claro, rosa e laranja.
Momento ideal para: tomar decisões, assumir responsabilidades, fortalecer as relações amorosas, conquistar um novo amor.


Fonte: Retirado e Adpatado do livro "Wicca para Bruxos Solitários" de Claudiney Prietto.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Como Celebrar um Sabbath


OBS: Sei que para quem está começando, este exemplo pouco vale e pouco simplifica. Mas quem disse que a Bruxaria é fácil?! Se prestarmos atenção no significado dos Sabbaths, saberemos como celebrá-los da maneira certa. Há rituais prontos também, em várias fontes de confiança (livros, sites e etc), mas criar o seu é sempre melhor, pois você está colocando a SUA energia ali. Esse é um exemplo de como podemos celebrar um Sabbath em geral, e não um Sabbath em específico.

Cada um de nós pode e deve celebrar a Roda do Ano, pois ela reflete não só a mudança da natureza mas também todos os ciclos internos e externos. Ao integrar as celebrações dos Sabbaths em nossas vidas nós nos ligamos direta e completamente à natureza. Consequentemente, isso nos traz paz, tranquilidade, harmonia e equilibrio, já que buscamos em nossa memória ancestral a reconexão com as mesmas forças um dia invocadas por aqueles que nos antecederam.
Para celebrar um Sabbath você não precisa possuir grandes conhecimentos teóricos sobre os mitos, contextos históricos e tradições a respetio dessas datas porque tais informações estão dentro de você. Elas só precisam ser despertadas e relembradas. Para tanto, basta observar a natureza e retirar dela elementos que lhe sejam simbólicos e que poderão fazer parte de uma pequena cerimônia realizada para marcar a mudança de uma estação ou a celebração de um ciclo.
Ao observar a Primavera, você poderá identificar que, nesta época, o céu torna-se intensamente azul-celeste e que as flores se abrem trazendo uma multiplicidade de cores e fragancias que nos envolve. Todos estes elementos podem fazer parte de um ritual de celebração da chegada da estação. Use cores do céu e das flores nas velas, roupas ou panos para cobrir seu altar; os aromas mais frequentes podem assumir a forma de incensos ou óleos para ungir e purificar o corpo e assim por diante.
Depois de acender velas e incensos, unte seu corpo com o óleo procurando se ligar à natureza que viceja ao seu redor, visualizando as mudanças que ocorrem nela e em você e meditando profundamente sobre isso. Que transformações provocadas por esse novo ciclo ocorrem em você? Como você via o mundo há alguns meses e como o percebe agora? Como as pessoas ao seu redor se comportam nesta estação? Isto o afeta de alguma forma?
Depois de meditar, eperimente ler uma poesia escrita por você, oferecendo-a aos Deuses. Você pode cantar, dançar ou simplesmente ficar em silêncio, ouvindo sua voz interior. Termine agradecendo por mais um giro na Roda e por todas as bênçãos que lhe foram concedidas.

Observando a natureza que o cerca, você poderá comemorar os oito Sabbaths realizando lindas cerimônias. Na Bruxaria quanto mais criativo forem os rituais criados por você - e não simplesmente copiados de um livro - mas poder e valor eles terão. Conforme você for se exercitando na arte de criar rituais, mais bonitos e mais elaborados eles serão. Não precisam ser rituais pomposos e cheios de coisas valiosas, deixem isso para a Magia Cerimonial. Sei que queremos sempre dar o melhor de nós, em todos os sentidos, para os Deuses, mas para Eles, isso às vezes pouco importa. O que realmente importa é você celebrar, lembrar deles, viver COM eles. Não importa como ... e interagir com a Natureza é melhor maneira de você celebrá-los e viver com Eles.

Cada um de nós tem uma fonte de inspiração e criação. Devemos colocar nossas habilidades à disposição dos Deuses, elaborando rituais e cerimônias que celebrem a mudança a vida que acontece dentro e fora de nós.


Fonte: Retirado e Adaptado do Livro "Wicca para Bruxos Solitários" de Claudiney Prietto.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sabbaths


Os principais rituais Wiccanianos são os Sabbaths, que celebram as mudanças das estações do ano e o percurso do Deus Sol ao longo dos ciclos sazonais. Na Wicca, o ano é uma grande Roda, sem começo nem fim, e por isso os oito Sabbaths são chamdos conjuntamente de Roda do Ano. Eles possuem grandes significados e são uma das chaves principais para o entendimento de nossa religião.
A Wicca vê uma relação profunda entre o ser humano e o ambiente onde ele vive; prega que a Natureza é a própria manifestação dos Deuses, e por isso, celebramos a mudança das estações. A Roda do Ano é vista como um ciclo ininterrupto de vida, morte e renascimento. Assim, reflete a passagem das estações do ano, bem como as tranformações humanas internas e externas provocadas por elas, e a ligação de cada pessoa com o mundo. Todo o que vive e respira é divino. Celebrando a vida ao longo das mudanças das estações estabelecemos contato com o mundo dos Deuses atraindo as energias do mundo natural para dentro de nós e alcaçando a unidade com o mundo divino.
Uma Bruxa (o) procura sempre se conectar com a Natureza em todas as suas manifestações, não só observando, mas também sentindo o seu fluxo e as mudanças que elas provocam em sua vida cotidiana. Os mistérios da Deusa e do Deus e seus diferentes aspéctos estão contidos em cada estação. A Roda do Ano simboliza a história ancestral da Deusa e o ciclo de morte e renascimento do Deus, seu Filho e Consorte.
A Roda do Ano Wiccaniana possui dois significados:


- Roda de Celebração da Natureza: todos os Covens (grupos de Bruxas - os) e Wiccanianos Solitários se reunem no dia se Sabbath para celebrar a Deusa e bençãos que Ela concede à Terra nas mudanças das estações.
- Roda de Iniciação: expressa os ensinamentos dos Antigos por meio das estações, pois os Deuses e a Natureza são uma coisa só.

Os Sabbaths são celebrados com fogueiras (quando possível), velas, cânticos e comidas sagradas. Nessas cerimônias, as Bruxas (os) agradecem pelas bençãos de fartura e abundância em suas vidas.
Alguns sítios arqueológicos que antecedem o Neolítico, como Stonehenge, eram utilizados como calendários naturais - marcavam a mudança e os ciclos das estações, revelando que tais datas eram consideradas momentos importantes para as civilizações antigas.


As Tradições e a Simbologia da Roda do Ano

A Roda do Ano é dividida em em Sabbaths maiores, chamados Samhain (lê-se Souen), Imbolc, Beltane (lê-se Beltaine) e Lammas, que celebram o ciclo agrícola da Terra, marcando a semeadura, o plantio e a colheita, e cujo nome e origem são celtas; e quatro Sabbaths menores, chamados Yule, Ostara, Litha e Mabon - que marcam os Equinócios (meio de uma estação) e Solsticíos (fim de uma estação), e a trajetória do Sol pelo Céu.



*Samhain: celebrado no dia 1º de maio no hemisfério sul e 31 de outubro no hemisfério norte, trata-se de uma data Pagã mais importante, que marca o ano novo Bruxo. Para os antigos povos, não era só considerado um momento de poder, mas também o tempo em que o véu que separa os mundo encontrava-se mais tênue, quando os Deuses e Ancestrais podiam se encontrar com os homens. Por isso é aconselhável de iniciar nesta data, pois a ligação entre os mundos é bem maior.
Por ser também uma celebração dos ancestrais, este Sabbath alude a morte que, para os Pagãos, é encarada como parte da vida, sempre abrindo caminho para o novo. Todos os antepassados e aqueles que já partiram para o País de Verão (assim é chamado o Outromundo Pagão, um lugar de descanso e alegria onde as almas, entre uma encarnação e outra, resgatam suas energias) são relembrados e seus espíritos são convidados para fazerem parte dos rituais. Como a morte lembra finalização, neste Sabbath faz-se uma profunda meditação/ reflexão sobre o término das relações, trabalhos e períodos de vida que precisam passar e sobre tudo aquilo que precisamos abandonar.
Uma das tradições desta cerimônia consiste em deixar um prato e lugar à mesa para os ancestrais. À meia-noite acende-se uma vela laranja para guiar os espíritos em sua viajem à Terra.
O Sol estará em seu ponto mais baixo no horizonte e nas seis semanas seguintes ao Samhain o Velho Rei morrerá e a Deusa Ãncia lamnetará a sua ausência. Por ser o primeiro dia do ano-novo celta e do inverno, Samhain é um tempo ideal para términos e começos.


*Yule: celebrado no solstício de Inverno, que ocorre por volta de 20 de junho mo hemisfério sul e 20 de dezembro no hemisfério norte, é o momento de celebrar o retorno do Sol. Depois das longas noites de inverno, o Sol voltará a brilhar e os dias se tornarão gradativamente maiores, até serem mais longos que as noites.
Para os povos antigos o clima era algo extremamente importante, uma vez que passavam a maior parte do tempo livre. Exatamente por isso, o solstício de inverno era uma data reverenciada, anunciando apromessa do Sol, da luz e da fertilização da vida. O Deus como a Criança da Promessa (o Sol nscente e crescente) era celebrado para trazer calor e luminosidade. Yule assinala a esperança de um novo tempo, abrindo caminho para inúmeras possibilidades.
O solstício de inverno era celebrado com luzes, fogoe a tradicional "Árvore de Yule" - com enfeites e bolotas de carvalho -, que foi posteriormente assimilada pelo Cristianismo, tranformando-se na Árvore de Natal. Também é tradição nesse Sabbath confeccionar uma "Yule Log" (Tora de Yule): uma vela branca, uma preta euma vermelha (representando as três faces da Deusa) são dispostas no meio de um pequeno tronco deitado e acesas enquanto são feitos pedidos. A Yule Log é guardada até o ano seguinte, quando deve ser queimada.
Yule representa o retorno da Luz, quando na noite mais fria do ano a Deusa concebe o Deus Sol, a Criança da Promessa. Ele traz fertilidade e calor à Terra e assim as esperanças renascem.


*Imbolc: celebrado no dia 1º de agosto no hemisfério sul e 2 de fevereiro no hemisfério norte, a palavra Imbloc significa "no leite" e marca o período de lactação das ovelhas e do gado na Europa. Era o momento mais frio do ano, quando não havia mais lenha disponível para as fogueiras, tão comuns nas celebrações dos Sabbaths. As celebrações então tomavam forma nas procissões de velas que percorriam o arado para purificar a terra, preparando-a para o plantio de novas sementes. Este era também o dia consagrado a Brigith, a Deusa celta do fogo, do lar, da família, da cura e da fertilidade. As muitas velas respresentavam poder e luz do Sol que se aproximava com a chegada da Primavera.
Um costume tradicional deste Sbbath é colher um ramo verde e deixá-lo pendurado em algum lugar dentro de casa, para abençá-la com novas energias.
Imbolc é o festival que celebra a luz nas trevas. É o momento ideal de se banir remorsos, culpas e de se planejar o futuro. A Deusa está cuidando de seu bebê, a Criança do Sol (Deus). Ela e seu Filho afastam o inverno e o Deus cresce forte e poderoso. Nessa celebração, honra-se a Deusa Brigith por ter tido aceso o fogo das lareiras durante as noites escuras e frias de inverno.



*Ostara: celebrado no equinócio da Primavera, que ocorre por volta de 20 de setembro no hemisfério sul e 20 de março no hemisfério norte, o equinócio da Primavera, festejado por inúmeras culturas ao longo da história, celebra a renovação da Terra e a chegada das flores.
Em Ostara a Deusa se apresenta como a Donzela da Primavera e o Deus como um jovem guerreiro. Sua união será consumada mais adiante no Sabbath de Beltane, quando a Deusa - Terra - e o Deus - Sol - trarão a germinação das sementes plantadas na época da Primavera.
Uma das tradições de Ostara é pintar ovos com símbolos e cores que represente nossos desejos e depois "plantá-los", ou depositá-los, no pé de uma árvore frondosa e florida. O ovo representa a semente dos nossos sonhos que quando deixada sob a terra germinará nos concedendo bençãos.
Ostara representa o momento de união e amor entre a Deusa (Lua) e o Deus (Sol), pois é um período de igualdade e equilíbrio entre as forças da natureza. É o momento ideal para se fortalecer a energia de complementariedade entre homem e mulher, momento de "plantar" e cultivar nossas "sementes".



*Beltane: celebrado no dia 31 de outubro no hemisfério sul e 1º de maio no hemisfério norte, Beltane, que pode ser traduzido literalmente como “Fogo de Bel” ( antigo Deus Celta do Sol), é a celebração máxima do fogo, a festa que celebra o meio da Primavera, a preparação para a chegada do Verão e, consequentemente, da fertilidade esperada para o próximo ano. Neste Sabbath um homem e uma mulher são escolhidos nos rituais de Covens para representar o Deus e a Deusa, o Senhor e a Senhora da Primavera. O gado e as pessoas passavam pelo fogo para serem purificados, ao mesmo tempo que a fumaça assegurava fertilidade e bênçãos.
Uma das tradições desse Sabbath é colher nove gravetos de árvores diferentes e enfeitá-los com lindas flores e fitas e queimá-los no fogo enquanto são feitos pedidos. É o período em que o Deus atinge a força ematuridade para se unir à Deusa e, juntos, trazerem o calor, luz e germinação às sementes da Terra que serão colhidas mais tarde, em Lammas. Tempo de celebrar a vida em todas as suas formas. É o momento de dar boas vindas ao Verão, um momento de equilíbrio, no qual nos despedimos das chuvas e as colinas e vegetações assumem tons dourados. A Deusa e o Deus, estão em plena vitalidade e se amam de modo intenso. É a época da união entre os princípios masculinos e femininos da criação, a união dos poderes que trazem à vida todas as coisas.
Um dos símbolos mais conhecidos associado a este Sabbath é o Mastro de Maio, ou Mastro de Beltane, que representa o falo do Deus. Ele é sempre ornado com uma coroa de flores que simboliza a vulva da Deusa enquanto fitas multicoloridas são entrelaçadas pelos participantes, umas nas outras, até que todo o mastro já esteja coberto por elas, representando a união dos Deuses.



*Litha: celebrado no solstício de Verão, que ocorre por volta do dia 20 de dezembro no hemisfério sul e 20 de junho no hemisfério norte, Litha representa o apogeu do Sol – o solstício de Verão. É o dia mais longo do ano, mas a partir dele as noites serão pouco a pouco mais compridas, até se tornarem mais longas que o dias, trazendo novamente o Inverno à Terra.
Neste dia, o Deus atinge a maturidade, acontecimento que era celebrado com grandiosas fogueiras pelos povos celtas. As fogueiras representam o grande poder do Rei Solar concedendo energia ao astro para que o Verão dure mais tempo e o Inverno não seja tão rigoroso. Os Pagãos, como muitos outros grupos religiosos, sempre reconheceram o poder de força e criação do Sol. Este é o tempo ideal de celebrar a vida e o crescimento.
Uma das Tradições do Solstício de Verão consiste em colher flores em um parque, bosque ou jardim e levá-las até uma fonte cristalina, oferecendo-as ao Povo das Fadas, facilmente acessado nesta data.
Em Litha celebra-se a abundância, a luz, a energia, o calor e o brilho da vida proporcionados pelo Sol. Nesse instante o astro transforma as forças da destruição por meio da luz do amor e da verdade. Litha é o auge do poder solar – a Deusa foi fertilizada pelo Deus. A partir desse momento, o Deus Sol iniciará a sua caminhada rumo ao País de Verão, morrendo em Samhain.


*Lammas:celebrado no dia 1º de agosto no hemisfério norte e 2 de fevereiro no hemisfério sul, também conhecido como Lugnashad, Lammas é o Sabbath da primeira colheita, um tempo em que os grãos eram colhidos, pães eram feitos e fartura voltaria a reinar. Neste momento fazia-se oferendas de agradecimento aos Deuses, sementes eram consagrados para serem plantadas posteriormente e o Deus Ra celebrado como o Senhor dos grãos, que fazia o seu primeiro sacrifício para nutrir os filhos da Deusa.
Uma das tradições deste Sabbath é fazer uma boneca de milho ou de trigo e colocá-la em algum lugar da casa para representar a Deusa como s Senhora da colheita. Acredita-se que este ritual assegure a continuidade da abundância em nossas vidas.
Lammas é o festival celta que homenageia o Deus Sol (Lugh). Ele agora se transforma no Deus das Sombras, doando sua energia às sementes para que a vida seja sustentada, enquanto a Mãe se prepara para assumir o papel de Anciã. Esse poderoso ritual enftiza a relação do fogo com os Deuses da vida e a centelha da criação. Tempo de agradecer o que se começou a receber e sacrificar o que for possível para se receber mais.


*Mabon: celebrado no equinócio de Outono, que ocorre por volta do dia 20 de março no hemisfério sul e 20 de setembro no hemisfério norte, Mabon marca o festival da segunda colheita. Afora, o Sol caminha mais rapidamente em direção ao Inverno e o plantio feito no Sabbath de Ostara alcança a sua colheita final, iniciada em Lammas. É hora de agradecer a abundância e a fartura e também de se reconhecer o equilíbrio da vida, pois nos equinócios dia e noite possuem o mesmo tempo de duração.
Neste momento os povos antigos começavam a esticar seus alimentos e armazenar os grãos que houvesse comida suficiente durante o período de Inverno.
Mabon é o festival de ação de graças Pagão, quando são lembradas as conquistas. Por isso, uma das tradições deste Sabbath é colocar um cálice de vinho no centro da mesa do almoço ou jantar e deixá-lo passar de mão em mão enquanto cada pessoa presente faz agradecimentos e expressa seus desejos de felicidade.
Tempo de equilíbrio, gratidão; de meditar sobre escolhas e agradecer tudo que se obteve no ano que passou. A morte do Deus, que doou todos os seus poderes aos humanos nas colheitas, está por vir.


Existe muito simbolismo na Roda do Ano e ao entendê-la, assimilá-la e integrá-la ao seu modo de vida você estará compreendendo a essência da religião Wicca e da Bruxaria.
A Roda representa o modo como os Wiccanianos vêem o universo, celebram os ciclos da natureza e entendem seus refluxos em nosso viver.
Sempre girando, estes ciclos internos e externos irão retornar à sua fonte primordial de energia, ao seu inicio, começando e terminando muitas vezes, mostrando que depois da morte sempre há renascimento. Isso é refletido no cair das folhas e brotar das flores; no germinar das sementes e na colheita dos grãos semeados, consumidos e replantados; no apogeu e declínio do Sol.
Atualmente, com os avanços científicos e tecnológicos, talvez seja difícil compreender como uma religião das antigas civilizações agrárias pode fazer sentido nos tempos modernos e o que ela tem a nos oferecer. Para responder a esse questão basta olhar a sua volta. A o fazer isto você vai perceber que independente de sua vontade as estações continuam mudando e que a força da natureza é infinitamente maior que todos os avanços alcançados pelo homem moderno. Conhecendo o que acontece no mundo e em nosso redor, será mais fácil compreender de onde viemos, onde chegamos e as possibilidades que nos aguardam. A Roda do Ano nos mostra que o universo reflete o ciclo da mudança, sempre em movimento.



Fonte: Retirado e adaptado de "Wicca para Bruxos Solitários" de Claudiney Prietto.